Desvendando minha viagem: Parte 3 - Bruxelas

 Quando você diz para alguém que vai para a Bélgica, as primeiras coisas que a pessoa pensa são: chocolate e cerveja se for mulher, cerveja e chocolate, se for homem! Um ótimo lugar para desistir da dieta!

Pois é, quase isso que se resume mesmo a Bélgica!

          Não sei se eu me apaixonei muito pela cidade que fui em seguida, AMSTERDÃ, ou se esperava muito de Bruxelas, mas eu não me apaixonei pela cidade!

        Ficamos em um hotel que não foi legal! Estava bem localizado, 8 quadras da praça principal, mas mesmo assim tínhamos que passar por 2 quadras com butecos estilo do Brasil, com aqueles caras que te arrancam a roupa com os olhos. O-D-E-I-O ! 

            E para ajudar, chegamos no hotel e a recepcionista disse que não tinha sido pago e então não tínhamos reserva. Sambei na frente dela, né? Coisas do tipo me deixam um tanto brava! Mas no final deu certo.

            A cidade é suja, a estação de trem é fedida e a minha primeira impressão foi: sai da Europa, como eu volto?

Chegando na praça principal você volta para a Europa. É uma praça magnífica! Para quem segue o blog no Facebook, eu postei um vídeo da praça! Diz ser mais antiga do que a de Veneza. Fiquei na dúvida porque na Europa é um tal de disputar quem é mais velho, mas comparando com a praça de Veneza, eu achei a de Bruxelas mais linda! É menor, mais intimista, mais gostosa e eu parei no primeiro bar e pedi uma cervejinha! ;)
           Fui até o Mijão, e aff...sabia que era pequeno, mas o chaveiro que eu ganhei dos meus flatmates é maior! Depois fui comer o tal Waffle! Eles são bem sacanas, quase brasileiros, colocam a placa: 1 euro o waffle e a banca tem waffle de todo jeito, daí você vai pedir, mas só é um 1 euro o waffle. Sacanagem!

Pedi o com chocolate Belga e Banana.

            Cheguei no hotel e vomitei até o café da manhã!

Muito forte esse negócio! No final, vomitei e me senti muito melhor, muito calórico, credo! Pena que no dia seguinte comi outro com dua bolas de sorvete Häagen-Dazs e doce de leite. huhuhuhu. 

Fiz essa campanha para a cerveja Leffe. #Brinks, mas o vento me ajudou e a foto teve essa cara de propaganda de shampoo, mas beleza!

Cerveja é o que não falta na Bélgica! A Stella Artois é Belga e todo belga adora e sente muito orgulho! É igual a nossa relação com a caipirinha, sem ser com a 51 porque ninguém merece.

Outros pontos turísticos são o Arco e o Átomo! Os pontos turísticos não são pertinho e em especial o Átomo é bem longe! Compramos o ônibus com sistema sobe e desce a valeu muito a pena! Acabamos conhecendo a parte nova e mais moderna de Bruxelas, e melhorou um pouco a minha primeira impressão.

Mas confesso que não voltaria para lá desesperadamente. Se fosse para repetir alguma cidade, ainda seria Barcelona!

Meu flatmate Rick foi também para Bruxelas, e como ele amou eu pedi para escrever para gente qual a impressão que ele teve da cidade e porque ele gostou tanto:

"Quando estava planejando minha viagem para Bruxelas e Amsterdam o que eu mais ouvi foi “Fique no máximo 2 dias em Bruxelas, não tem nada para fazer por lá”. Mesmo assim persisti, nada como ter a própria opinião seja sobre qual for o assunto. Sendo assim lá fui eu, 4 dias em Bruxelas e 4 em Amsterdam.

Admito que chegar na Bélgica e descobrir o roubo que é ir do aeroporto até o centro de Bruxelas me deixou muito chateado (14,00 euros o trecho, e ainda não pude comprar a volta no mesmo dia pois haveria aumento de preços), chegar da estação central de Bruxelas até a estação norte foi outra batalha, até encontrar o metrô, descobrir como ele funciona, que sentido pegar e onde e quanto pagar foi quase um parto, mas enfim, depois de todas as dificuldades chegamos à dita cuja, compramos as passagens e fomos para Amsterdam... Mas este post não é sobre esta parte da viagem, então pulemos para a volta para Bruxelas.

Os encantos de Amsterdam ainda estavam em nossas mentes quando desembarcamos na estação norte, por sorte nosso hostel era próximo da estação e não tivemos muitas dificuldades para chegar até lá, mas a dificuldade mesmo estava em aceitar que aquilo era Bruxelas. Os arredores da estação lembram muito qualquer grande cidade brasileira, uma bagunça, muita sujeira e uma ladeira que eu já não estava mais acostumado desde que cheguei na Europa. Desde que chegamos na Bélgica o que mais me impressionou foi que os próprios belgas se admiravam ao saber o tempo que ficaríamos no país, isso desde o fiscal do aeroporto, que se assustou quando disse que ficaríamos 8 dias e questionou se era sério e se era tudo isso só na Bélgica, finalizando com o porteiro do hostel que nos animou muito dizendo que tudo que precisávamos fazer na cidade estava na mesma rua, realmente, muito reconfortante. Foi com essa ótima impressão que chegamos ao quarto do hostel (até muito atraente, mas com uma vizinhança horrível), foi duro nesse dia sair para a rua e tentar explorar aquela cidade estranha, mas ainda bem que o fizemos.

Descendo a dita cuja da rua, já nos deparamos com o Jardim Botânico de Bruxelas que por si só já deixou a viagem linda, acabamos nem entrando nele, mas toda a estrutura é muito linda e o jardim da frente de tirar o fôlego, tá, Bruxelas estava começando a somar alguns pontos, mal sabia eu que somaria tantos mais apenas alguns passos de distância, pois foi o que nos custar para chegar na frente da catedral da cidade. Dedicada a St. Michael e St. Gudula a construção imensa impressiona e fascina, vale a pena ler um pouco sobre ela, demorou muito para ser construída e tem a mistura de muitas técnicas e estilos. Mas era, ainda, apenas um aperitivo.

Chegar na Grand Place, uma das praças mais famosas do mundo, é um caminho doloroso, as lojas de chocolate, os bares e restaurantes estão tentando tirar sua atenção em cada cantinho, os aromas mais deliciosos e as apresentações de rua mais lindas que já vi, outra coisa que me chamou muito a atenção foi a estatua de um poeta local que desceu de seu pedestal para se sentar junto da população aos pés do seu próprio monumento, muito bem pensado! A chegada na praça faz com que você não saiba para onde olhar, ainda mais com um sol prestes a se por refletindo nos detalhes dourados de cada cantinho dela, ver as luzes serem acesas, ver as pessoas sentadas no chão e tomar várias das melhores cervejas do mundo (que no Brasil seriam um absurdo de caras) por 2 ou 2,50 euros também ajudaram muito no amor que foi nascendo por esta cidade.

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Mas nem só de Grand Place vive Bruxelas, você tem que ter vontade para se aventurar pela cidade, como já disse, não se trata de uma cidade tão retinha como Amsterdam, então se prepare para subidas de te deixar pedindo água (literalmente). Visitar o palácio real e seu lindo parque também valem muito a pena, sem contar em todos os prédios históricos que você com certeza verá no caminho. As arcadas do cinquentenário é outro monumento que não pode deixar de ser visto, uma construção imensa que comemora os 50 anos de liberdade da Bélgica do domínio francês, ou holandês, não me lembro quem a estava dominando na época, e chegar até ele, passando por uma linda avenida cercada de importantes prédios não tem preço (um desses prédios é a sede da União Europeia, que este ano é presidida pela minha segunda mãe, Irlanda hehe).

No nosso penúltimo dia fomos ao Atomium, uma escultura gigantesca que foi construída algumas décadas atrás e que pode ser vista de quase todos os pontos da cidade, nos arredores deste monumento existem alguns parques e jardins que me deixaram completamente fascinado, inclusive uma pequena floresta com um anfiteatro feito de pedra bruta, uma coisa de filme mesmo, tudo muito lindo.

Não poderia terminar de falar sobre Bruxelas sem comentar a decepção que é o Menino Mijão, “grande” orgulho da cidade, a estátua não deve ter 50 cm de altura e fica em uma esquina escondida da cidade, mas não posso deixar de entender o por que da admiração desse povo por esse garoto, ele é a melhor representação do que a cidade de Bruxelas é, um menino mijão. Não! Sem ofensas! É isso mesmo, um menino confuso, que não se decidiu ainda que língua quer falar ou que arquitetura quer seguir, um menino que te pede pra gostar dele do jeito que ele é, sem cobranças, assim como ele não te cobra nada a mais. A viagem realmente valeu a pena, é engraçado ver a reação das pessoas quando digo que amei o lugar e que voltaria com certeza, mas enfim, opinião boa é opinião própria."

Amanhã tem post sobre Amsterdã!!!
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Beijos açucarados!